quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Senhora chanceler unifiquemos então.

Tenho uma dificuldade que julgo nata - o que serve para desculpar uma acentuada preguiça para a aprendizagem - em pronunciar-me convenientemente noutra língua, senão nesta que partilhamos e mal tratamos neste espaço de lusofonias.

Esta dificuldade assume no caso da língua de Goethe (e em muitas outras, claro) uma completa impossibilidade.

Aprendi, vá-se lá saber porquê, a pronunciar alguns números e uns palavrões.

Estes últimos, para o caso que vou tratar, até poderiam ser suficientes para a comunicação, mas se cuido de evitar usar tais recursos em português porque o hei-de agora fazer em alemão?

Julgo que Passos Coelho sofrerá do mesmo mal ( a dificuldade no uso da língua alemã), pelo menos a fazer fé no episódio seguinte:

Na visita de apresentação de credenciais que Passos está a fazer à senhora chanceler europeia, ouviu este o recado (julgo que lhe foi traduzido depois) e vai tratar de lhe dar execução, de que é necessário unificar dias de férias e idade de reforma e que por isso, Portugal tem que reduzir as primeiras e aumentar a segunda.

Julgo que o subalterno português ainda deve ter esboçado uma ligeira tentativa de falar da necessidade de unificar os salários.

E julgo, porque conhecendo, como conhecemos, sabemos das preocupações que nutre por aqueles que têm como rendimentos, unicamente os que advêm do trabalho - veja-se a importância que lhe atribui na distribuição da carga fiscal… , mas julgo ainda que tal não se mostrou possível por força da dificuldade já referida e que partilhamos, o não domínio da língua alemã.

Mas também julgo e assim espero, que dali daquelas bandas centrais europeias, chegarão mais cedo do que tarde, boas notícias.

É que há uma linguagem universal e o povo alemão fala-a, e essa entendo eu e muitos outros: é urgente, para bem dos alemães, dos portugueses e de todos os povos que medeiam e rodeiam estas pátrias, que esta senhora leve urgentemente um grandessíssimo pontapé no…

…qualquer coisa que em português termina em eiro.

Se foi por ali que começou o descalabro, pois seja por ali que se comece a reparação.

0 comentários:

Enviar um comentário