Por vezes vociferam, gritam, berram, atribuindo as culpas aos outros. Sempre aos outros .Só que uns e outros assim fazem.
E permanece sempre a dúvida. Quem são os outros?
Quem são os culpados?
Outras vezes, em cândidas figuras, afirmam em sintonia: «agora não é tempo para apurar culpas».
E de uma ou de outra forma, uns e outros e todos os acólitos de uns e outros, enchem jornais, revistas, televisões, rádios, com doutas dicas sobre o «assunto»: A crise isto, os rattings aqueloutro, o PIB assado, o resgate aquilo e assim por diante.
E são ou foram: ministros das finanças alternadamente entre si no últimos 30 anos. E são ou foram governadores do Banco de Portugal e são ou foram administradores de bancos e são ou foram primeiros ministros, e são ou foram presidentes.
Mas clamam agora que é preciso um governo de salvação nacional.
Por mim, penso que é urgente um povo de salvação nacional que tome nas suas mãos os destinos do País e corra e penalize estes culpados que ainda por cima são uns gralhadores.
E quando falo em penalizar, faço-o no sentido exacto do termo: é preciso penalizar os responsáveis e apurar da licitude de todas as suas acções.
Quem autorizou os desmandos?
Quem foi incompetente?
Quem autorizou as mordomias?
Quem autorizou o desrespeito continuado pelos orçamentos e quem inflacionou as receitas que incluía nestes, para justificar a sumptuosidade das despesas?
Quem autorizou a contratação de milhares de «rapazes» como forma de pagamento pela «dedicação»?
Quem vos disse que o «estado» era vossa propriedade?
Porque gritam ainda assim?
Porque sabem que é da gritaria que nasce a confusão e que na confusão escapam os culpados.
As vítimas ou saem dos seus silêncios cúmplices (evidentemente as que ainda não o fizeram) ou vão permitir a fuga dos culpados.
E depois estes regressam, qual heróis ansiados, e continuam,
A algazarra e os desmandos.
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