quarta-feira, 18 de maio de 2011

Amigos

...ou Friends
(amigos em Alemão segundo a ajuda do Google)
…e também em Inglês (técnico)


Contam-me que numa aldeia sita algures neste imenso Alentejo existiu em tempos não muito longínquos um homem muito rico e muito bondoso.
Estava sempre disposto a ajudar os seus amigos.
Rendeiros, seareiros, pequenos agricultores em dificuldade para pagar as rendas encontravam a porta da sua modesta residência sempre aberta.
Claro que essa amizade tinha um pequeno custo…tão pequeno que a maior parte dos ajudados, passados poucos meses da ajuda, perdiam para o amigo, as terras, as searas e os gados.
Custos de se ter amigos agiotas…
Lembrei-me destes episódios (dolorosamente bem reais) a propósito da «ajuda» a Portugal que vários países «amigos» generosamente nos estão a conceder.
Uma das personagens irritantemente mais interveniente neste processo de «ajuda» é a senhora alemã. Em nome da «ajuda» lança frequentemente «bitates» sobre nós e sobre a forma como ela considera que nos devíamos comportar.
Agora afirmou que temos férias a mais e nos reformamos demasiado cedo. Basta um pequeno exercício de comparação para verificarmos que também aqui está a faltar à verdade, mas seria oportuno que alguém a questionasse no sentido de ela aprofundar o seu exercício comparativo ou que simplesmente a mandasse calar a boca sempre que mete o feio nariz (devidamente enquadrado) em assuntos que são da única competência dos portugueses.
Mas sobre a «ajuda»:
Sabe esta senhora tão bem (melhor) como nós o quanto vai arrecadar com ela.
Pela «ajuda» Portugal vai pagar 30 mil milhões de euros, 4,1 mil milhões por ano. O triplo dos custos com o Serviço Nacional de Saúde.
Sendo a Alemanha, um dos principais «ajudantes», será com certeza um dos principais arrebatadores.
Se não houver dinheiro para a saúde, para as pensões, para as prestações sociais…paciência.
Custos de ter amigos agiotas…
Mas pior ainda é ter os culpados por tudo isto a aparecerem agora como vítimas.
Sócrates não tem culpa. A culpa é da crise e dos outros.
Passos não tem culpa. Votou todos os PEC (s) e só não votou o último porque estava com pressa.
Portas. O apóstolo que comprou (e gora pagamos nós) ferro velho imersível (ou nem sequer) por milhares de milhão também não tem culpa.
É usual por aqui e perante situações semelhantes dizer-se que a culpa morre solteira, mas para o caso parece fazer mais sentido dizer-se que morre viúva.
A senhora alemã tem aqui um bom trio de compinchas.
Custos de se ter amigos agiotas...

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