Porque se calam?
Porque se calam os órgãos de comunicação social, os fazedores de opinião e os pensadores ditos livres que costumam perorar sobre direitos humanos?
Porque nada - ou muito pouco - dizem sobre as tragédias que diariamente ocorrem aqui neste mar que sempre considerámos «mar nostrun»?
Quantos homens, mulheres e crianças já morreram na fuga a Tripoli, bombardeada pela NATO em consequência dos jogos de estratégia das grandes potências?
No post anterior afirmei terem sido lançados ao mar os corpos de 11 seres humanos que morreram por fome e sede num barco a quem foi recusado o devido socorro. Não foram 11. Foram 64.
Alguém já foi indiciado pelo crime de recusa de socorro?
Porque nos parece que os direitos humanos são cada vez mais, não isso, mas sim, estandartes de propaganda?
E nós?
Arrastamo-nos em dolorosas peregrinações e prostramo-nos perante as bentas imagens de santos e santas, também eles usados no trágico xadrez onde se jogam as nossas vidas. E onde se destinam as mortes de tantos..
Do Paquistão chegam imagens de mais morte. 80, dizem-nos as primeiras informações. Importará quantos são?
Quantos filhos não poderão hoje abraçar os pais? Quantos pais estarão a chorar os seus filhos?
Importará?
O que é que nos importa?
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