segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Coisas de espojinhos

Pois…assim como não quer a coisa…ele vai…ele volta.

É assim o espojinho.

Num destes (poucos) dias verdadeiramente quentes do ido Julho, algures por aqui, bem no centro desta nossa partilhada península, sem que nada o fizesse prever, levantou-se um, levando consigo poeirada e tampas de contentores de lixo, elevando-as no ar, para logo depois as deixar cair desamparadas no chão e sumindo-se depois, deixando o rasto da sua desarrumação.

Há muito que não assistia ao fenómeno.

É assim um espojinho.

Entretanto, durante a sossega, o Governo escolhido, retira-nos metade do 13.º mês, põe em saldo os despedimentos, aumenta os transportes e oferece o BPN.

Na Noruega um monstro promove uma carnificina.

E os «media» insistem e reinsistem em mostrar-nos a sua foto (a face bela do monstro), em divulgar o seu nome e em apresentar-nos as suas «reivindicações».

É apenas um monstro. Um abominável monstro.

Que ninguém de bom senso acredita ter agido sozinho.

Por respeito pelas vítimas, apurem-se todas todas as ligações, punam-se os culpados e acabem com a promoção mediática que fazem de tal monstro, porque esta só serve para promover a monstruosidade.

Ah… o BPN foi oferecido ao angolano BIC gerido por um senhor português pouco conhecido da vida pública e que dá pelo nome de Mira Amaral.

Não sei se será possível, mas gostaria de saber – curioso eu sou – para onde foram os 5 mil milhões que o estado português transferiu para o BPN?

O comunicado oficial do ministério do senhor ministro soletrador, no qual é dado conhecimento público da oferta, refere SÓ um prejuízo de 2,4 mil milhões.

Transferimos 5 mil milhões dos cofres públicos, recebemos 40 milhões como contrapartida da oferta e o prejuízo é SÓ de 2,4 mil milhões…bem…façam as contas!

Mas pronto. Expliquem-nos ao menos quem embolsou estes 2,4 mil milhões. Porque quem desembolsou, isso sabemos.

Do caderno de encargos desta oferta acresce ainda para o estado português a obrigatoriedade dos encargos e indemnizações a 830 funcionários que o BIC vai despedir. Um pormenor de somenos importância…

Tenho assistido, na blogosfera e nas secções de correio de alguns diários, a piedosos atos de contrição por parte de uns quantos que afirmam terem sido eleitores de Passos Coelho, mas que agora, passado mês e meio já se sentem defraudados e até arrependidos. Por amor de …

Vão penitenciar-se para o raio que os parta.

Há coisas que não se lamentam. Evitam-se.

E por favor, poupem-nos do vosso decadente espetáculo.

Deduzo que são os mesmos que enchem a boca com a banal e gasta expressão de supra ignorância sintetizada assim : «são todos iguais» . E não é que até é verdade?

Os «eles» em quem eles votam sempre, são de facto todos iguais.

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