Pois…assim como não quer a coisa…ele vai…ele volta.
É assim o espojinho.
Num destes (poucos) dias verdadeiramente quentes do ido Julho, algures por aqui, bem no centro desta nossa partilhada península, sem que nada o fizesse prever, levantou-se um, levando consigo poeirada e tampas de contentores de lixo, elevando-as no ar, para logo depois as deixar cair desamparadas no chão e sumindo-se depois, deixando o rasto da sua desarrumação.
Há muito que não assistia ao fenómeno.
É assim um espojinho.
Entretanto, durante a sossega, o Governo escolhido, retira-nos metade do 13.º mês, põe em saldo os despedimentos, aumenta os transportes e oferece o BPN.
Na Noruega um monstro promove uma carnificina.
E os «media» insistem e reinsistem em mostrar-nos a sua foto (a face bela do monstro), em divulgar o seu nome e em apresentar-nos as suas «reivindicações».
É apenas um monstro. Um abominável monstro.
Que ninguém de bom senso acredita ter agido sozinho.
Por respeito pelas vítimas, apurem-se todas todas as ligações, punam-se os culpados e acabem com a promoção mediática que fazem de tal monstro, porque esta só serve para promover a monstruosidade.
Ah… o BPN foi oferecido ao angolano BIC gerido por um senhor português pouco conhecido da vida pública e que dá pelo nome de Mira Amaral.
Não sei se será possível, mas gostaria de saber – curioso eu sou – para onde foram os 5 mil milhões que o estado português transferiu para o BPN?
O comunicado oficial do ministério do senhor ministro soletrador, no qual é dado conhecimento público da oferta, refere SÓ um prejuízo de 2,4 mil milhões.
Transferimos 5 mil milhões dos cofres públicos, recebemos 40 milhões como contrapartida da oferta e o prejuízo é SÓ de 2,4 mil milhões…bem…façam as contas!
Mas pronto. Expliquem-nos ao menos quem embolsou estes 2,4 mil milhões. Porque quem desembolsou, isso sabemos.
Do caderno de encargos desta oferta acresce ainda para o estado português a obrigatoriedade dos encargos e indemnizações a 830 funcionários que o BIC vai despedir. Um pormenor de somenos importância…
Tenho assistido, na blogosfera e nas secções de correio de alguns diários, a piedosos atos de contrição por parte de uns quantos que afirmam terem sido eleitores de Passos Coelho, mas que agora, passado mês e meio já se sentem defraudados e até arrependidos. Por amor de …
Vão penitenciar-se para o raio que os parta.
Há coisas que não se lamentam. Evitam-se.
E por favor, poupem-nos do vosso decadente espetáculo.
Deduzo que são os mesmos que enchem a boca com a banal e gasta expressão de supra ignorância sintetizada assim : «são todos iguais» . E não é que até é verdade?
Os «eles» em quem eles votam sempre, são de facto todos iguais.
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