domingo, 12 de abril de 2015

Banalidades de domingo

Primeira
Sentado no sofá, dormitando entre o folhear do jornal, ouço as sirenes dos carros de policia. É tanta a insistência que me levanto e vou à janela.
Na avenida, decorre uma prova de atletismo.Agora um, depois outro e lá mais atrás vem um outro.
As sirenes essas não se calam.
Será que funcionam como estimulante para os atletas?
Lembro-me de uma vez, em férias, guiando mas sem destino, decido visitar Silves. Nunca tinha ido a Silves. Saio do IP e ala direito a Silves. Ouço uma sirene e pelo retrovisor vejo uma moto da policia. Em enorme algazarra manda encostar.
Encosto. Espero. Espero. Espero.
Passam dez, talvez quinze ciclistas.
Espero.Espero.
Retomo o caminho.
Volta a moto.A algazarra. Volto a ser mandado encostar.
Encosto. Espero. Espero.
Retomo.Quase de imediato volta a moto. Sem saber de onde. Volto a encostar
Espero. Espero.
Faço inversão de marcha. Volta a moto. Ainda temi que, mesmo em sentido contrario, tivesse que encostar.
Não. Segui e fui para o litoral.
Ainda não fui a Silves.

Segunda
A alta gastronomia tratara de trufas. Brancas e negras.
Por aqui trato de tuberas. Saídas dos campos mais arenosos, brancas e saborosas.
Bem descascadas, cuidadosamente descascadas para evitar desperdícios. Bem lavadas para não se encontrar areia. Cortam-se em rodelas bem finas e salteiam-se em azeite onde já se frigiu cebola picada e salsa. Cobrem-se com ovos batidos (no caso, ovos de perua), tempera-se de sal e pimenta preta moida na altura.
Acompanha-se com vinho tinto e amigos.

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