sexta-feira, 9 de abril de 2010

Batido



Apressadamente, li o título e conclui ainda de forma mais apressada, que o homem havia tomado consciência social e que levantava a sua voz em defesa dos que vivem do salário pago pela força do seu trabalho.
Enganos.
Ele (o homem que mede a eficácia numa relação directa com os milhões de prejuízo da TAP e que considera que as greves são coisa do século passado) referia-se à obscenidade das remunerações dos nossos (salvo seja) gestores e proclamava que é preciso ter cuidado quando mexemos nos salários…
Julgo que saberá a diferença entre salário e remuneração e assim sendo…porque insiste em falar de salário?
Tratar-se-á de outra antiguidade ou quer tomar-nos por tolos?
Outro guru utilizando o mesmo deturpado conceito afirma que as criticas aos exorbitantes montantes são demagogia barata.
Para o descaramento não consigo encontrar qualificativos.
Que coisa é esta que nos corrói e cujos ideólogos se denominam de experts em Economia?
E apresentam receitas.
O senhor milhões edp ditou: «é decisivo misturar a economia com a arte e a ciência».
Primeiro, se este senhor diz que é decisivo não há volta a dar: é decisivo.
Se diz que é para misturar, misturemos.
E que misturas têm sido feitas até hoje?
Com que misturaram economia cujo resultado foi a quase implosão do sistema económico?
Com que misturas geraram mais desigualdades e mais miseráveis?
O que misturaram para gerar milhões de desempregos?
Avanço com um palpite:
Misturaram doses incomensuráveis de ganância com quantidades apreciáveis de mau carácter e de desrespeito pela vida humana, depois de bem batidos estes ingredientes obtiveram uma massa de gente dependente, aqueceram em banho maria com muitas pitadas de políticos corruptos a que acrescentaram pingos de traição de vendedores de lentilhas e obtiveram o bolo que como brutos que são, devoram animalescamente.
Acompanham com incompetência pesporrente.
Mais cedo que tarde vão apanhar uma indigestão, só esperamos que não nos vomitem para cima.

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