quarta-feira, 28 de abril de 2010

É preciso voltar à política




Em Democracia é através dela que se Governa.
O que tem acontecido é que tem interessado a quem dela se serviu para chegar ao poder, que dela se digam agora «cobras e lagartos» para se perpetuar no poder.
E esclareça-se que o perpetuar no poder não tem a leitura simples que fazemos da expressão.
Perpetuar no poder é hoje ser ministro das obras públicas e amanhã administrador da CP, da Refer ou Lusoponte.
Perpetuar no poder é fazer escola na jota e com restos de cueiro ainda agarrados ao dito cujo ser nomeado administrador de uma grande empresa pública (ou privada porque nos negócios não há pudor e há favores a pagar).
Perpetuar no poder e passar a ter o descaramento para justificar os milhões embolsados como prémio por atingir objectivos e os trabalhadores da mesma empresa não poderem ser aumentados por causa do deficit, da crise, dos gregos, dos ratings.
Importa pois denegrir a política.
Vender a ideia que os políticos (o que não é a mesma coisa de entendidos em política) são todos iguais.
Querem é «mamar».
E vão mamando.
Uns, directamente na teta mãe e outros nas tetas secundárias.
Alternando-se só nas tetas, porque mamam sempre.
E têm nomes. Todos os conhecemos de ginjeira.
Agora o PS, amanhã PS com o CDS, depois PSD, depois PSD e CDS, e depois PSD e PS.
Há mais de trinta anos!
De facto são todos iguais.
Se do todos, excluirmos outros.
Façamos pois um esforço e voltemos à política. Procuremos analisar percursos, propostas, acções e escolhamos em consciência e não por arrastamentos provocados por modas.
O país precisa de nós.
Não para nos sacar mais impostos, impor-nos baixos salários, reduzir direitos.
Esse é o contributo que há trinta anos nos pedem.
O País precisa de nós mas para dizer: BASTA.
Não acham que foi comovente este encontro de hoje entre Sócrates e Coelho?
Assim à laia de «não nos podemos esquecer que estamos juntos nisto»
Por mim, há muito que BASTA.

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