quinta-feira, 17 de março de 2011

ALTO E PÁRA O BAILE

Eles já dançaram tantos tangos, os tangos dos PEC (s) o tango do Orçamento, o tango da crise, o tango das Presidenciais e apesar de ligeiros desencontros de passo, convenhamos que fazem um belo par.
Sabemos que depois de tantos tangos, o país está de tanga, mas isso a eles pouco importa.
As clientelas e os amigos do salão, esses estão bem.
Sempre que surge um pequeno engulho, depressa se resolve, como por exemplo a exorbitância e insensatez de tributar as actividades associadas ao popular jogo de golfe à taxa normal do IVA. Passe-se, quanto antes à taxa reduzida, acertam durante um passo mais ousado e sensual.
O mesmo se passa com o anunciado novo imposto sobre a actividade bancária. Dancemos mais um tango e depois veremos…não há pressa.
È incrível a maledicência do povo, anotam. Comparar IVA de fraldas e IVA de golfe. Comparar IRS e imposto sobre actividade bancária. IRRA.
E siga a dança.
Ui, pisadela.
Agora foi de mais. Vou acabar a dança ameaça um dos bailarinos.
Porquê? Então um novo PEC e eu só sou informado depois?
Que desfaçatez.
E talvez o baile pare mesmo.
É que o bailarino secundário, quer assumir ser cabeça de cartaz e sabe que é agora ou já não será nunca mais.
No salão andam todos agitados. O Professor esse então está em pulgas.
Estava tão boa a dança - para eles.
Cá fora, os excluídos, aguardam.
Acabem então a dança. Cada um aos seus lugares.
Veremos o baile que se segue.
Conforme for o toque, assim será…

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