segunda-feira, 14 de março de 2011

E agora?

Perguntam muitos.
Depois dos protestos, depois das ruas cheias. Depois da coragem finalmente assumida. Depois dos gritos que deixaram de ser mudos.
O que fazer agora?
Agora que as «compreensões» vão seguir o seu rumo normal e voltam ao plano das acções que deram origem aos protestos.
Agora que os «especialistas» encartados - polítólogos, politicos sem ólogo, outras coisas com ólogo resfaltados, procuram amenizar as ondas de choque dos protestos.
Aos que pela primeira vez vieram para a rua, aos trabalhadores sem trabalho, às novas gerações de escravos sem salários, respondo que não ficará em vão o vosso protesto.
Eu e muitos outros mil, vamos dar-lhes continuidade já no próximo sábado.
E acredito, sempre acreditei.
Um dia a coisa muda.
Tal como eu tive o prazer indescritível de ver a festa de um povo a libertar-se, acredito que vocês irão viver a festa da esperança a construir-se.
Haverá um dia essa alegria.
Acreditem.
E participem na sua construção.
Há anos que muitos de nós fazem desse processo uma condição de vida.
Talvez , também por isso, lá tenham estado, com vocês, tantos cotas.
E também pela vossa generosidade, pelo vosso apelo tão simples e tão sincero.
E tão justo.
Por isso, agora, vamos continuar a construir a esperança.

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