domingo, 22 de novembro de 2009

Sopa da Panela


Ainda pensei em escrever sobre faces ocultas, indícios que o deixam de ser, ou que para uns são e para outros não, bpn (s) e outras sucatas, mas retraí a vontade.
Porque carga de águas devo ir para o pântano – um meio que não conheço – quando aqui nestas terras planas e secas, apesar de todos os males de que também padecemos, temos uma planície de horizontes à nossa frente e podemos partir discorrendo sobre o cante, sobre as artes e o património, sobre a escrita e as estórias (lindas) não escritas e sobre …açordas e a sopa da panela.
Para quem tem a ideia de que aqui uma açorda, um gaspacho, uma sopa da panela, são sempre feitas da mesma maneira, estejamos nós em Avis ou em Ervidel, tire daí o cavalinho. Até o gaspacho.
Não imaginam as acaloradas (não me refiro aos gaspachos é claro) discussões que cada um de nós, oriundos das mais diversas partes deste enorme todo, trava em defesa da pureza alentejana dos seus modos de cozinhar.
Este texto vem a propósito de ter lido no «Fugas» de ontem, que num Restaurante aqui próximo (Aldeia da Serra – Redondo) a apreciada sopa da panela (para além dos ingredientes normais, embora variáveis) inclui uma …posta de bacalhau.
Habituado e preparado para as diferenças, confesso que esta, nem em imaginação admitiria.
Estou ansioso por provar. Depois digo qualquer coisa.

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