sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Viva o Teatro


Hoje despedimo-nos (os que fizeram) de Mário Barradas.
Ele permitia-nos que o tratássemos assim e que o cumprimentássemos como um de nós.
A morte, principalmente a morte de um conhecido, de um que se destaca de entre os outros, provoca sempre grandes e elogiosos epitáfios, hipocrisias diremos.
Talvez não. É a dimensão do enigma da morte que nos provoca estes comportamentos.
Mas não vi a minha cidade, a cidade para onde Mário Barradas canalizou tanta da sua energia e criatividade, chorar esta perda.
Teremos perdido essa faculdade.
Já tudo é banal.
Já nada importa.
A não ser que se trate da princesa letizia, dos nus da senhora agora sarkozi, de mais uns croquetes sugados pela velha de plástico, de uma qualquer gorda e mal jeitosa viscondessa… Isto sim, a razão das grandes preocupações…
Os jornais (e hoje não incluo o meu inimigo de estimação – O Público – nada disseram. Televisões e rádios cumpriram os mínimos obituários.
Tratava-se de um homem que apostou na descentralização. Que entendeu que o Teatro também podia ter casa em Évora,
A melhor homenagem que lhe podemos prestar é garantir que nesta cidade o Teatro continua a morar (e é tão reconfortante ver o esforço dos jovens actores da SOIR Joaquim António de Aguiar).
Eu vou emendar-me
Irei mais ao Teatro.

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