terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tempos de silêncios

Por razões que alguém conhece, acontecem períodos de vazio informativo inexplicáveis.
Vivemos recentemente em Portugal um desses períodos.
Há mesmo quem afirme que, para garantir em absoluto que nada interrompe esses tempos de silêncios, haja quem se encarregue de garantir as não noticias, esvaziando – temporariamente – os ficheiros dos inscritos como desempregados.
Uma outra não noticia que agora virou notícia, prende-se com o deficit orçamental.
Nesses tempos de silêncios não havia notícias dele – agora é notícia e dizem que será em grande (o maior dos últimos 24 anos segundo as previsões).
A U.E. estima que ele será de 8% em 2009 e 2010 e de 8,7% em 2011.
E nós que tanto demos para o peditório do deficit…
Também foi não noticia e agora é o que se vê, as negociatas da sucata…há uma estranha e quase patológica tendência para ligar corrupção e ambiente… alguém saberá explicar?
Por cá, no nosso burgo, também foi não noticia nos tempos dos silêncios (sim, estes também afectam as coisas locais) o pagamento das dívidas aos fornecedores da CME.
No tempo dos silêncios não houve crise com os ditos, agora, segundo consta, voltou a não haver dinheiro para pagar.
Noticia que nunca foi não noticia é a que hoje nos traz o DR ao trazer a renomeação para mais umas aventuras dos cinco que sugiro como título “De novo na casa assombrada onde tememos não voltar”.
Termino com uma nota desenquadrada:
Os jornais noticiam hoje a morte de Claude Lévi-Strauss, filósofo e antropólogo francês – adeus mestre, vou reler-te.

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